Aos olhos dele não acredito em nada.
As minhas crenças
Voaram como voa a pomba mansa;
Pelo azul do ar. E assim fugiram
As minhas doces crenças de criança.
Fiquei então sem fé; e a toda a gente
Eu digo sempre, embora magoada:
Não acredito em Deus e a Virgem Santa
É uma ilusão apenas e mais nada!
Mas me vejo brilhar e
Uma luz suavíssima de dor...
E grito então ao ver essa luz:
Eu creio, sim, eu creio na Virgem Santa
Que criou esse brilho que m'encanta!
Eu creio, sim, creio, eu creio em Deus!
Florbela Espanca
Quem conhece o poema vai perceber algumas mudanças...
Quem conhece o poema vai perceber algumas mudanças...
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